Polícia Civil de Uberlândia encerra investigações sobre morte de jovem

5 de Julho de 2021 às 21:00

06/07/21

Foto: Arquivo 1ª DRPC de Uberlândia (MG)

A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Uberlândia, encerrou hoje (terça-feira, 6), as investigações para apurar as circunstâncias da morte da jovem Taynara Layla Sanches Barbosa, 21 anos, ocorrida no dia 12 de junho, na represa da Usina Hidrelétrica de Miranda, neste município. O anúncio foi feito em entrevista coletiva durante a parte da manhã.

O delegado chefe do 9º Departamento de Polícia Civil, Marcos Tadeu de Brito Brandão, e o delegado Luiz Fernando Lanzoni, chefe da 5ª Delegacia de Polícia, responsável pela investigação, concederam a entrevista, na sede da 1ª DRPC. Segundo Marcos Tadeu, o dono da embarcação, um homem de 42 anos, com passagem pela polícia por tentativa de homicídio, será indiciado pela morte.

O investigado, conforme o delegado chefe, será indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), fraude processual e coação no curso do processo. Ele foi o último a ser ouvido no inquérito policial que apurou a morte. De acordo com Marcos Tadeu, o indiciado tinha o dever legal de evitar a tragédia e podia ter feito isso, mas não fez e ainda coagiu testemunhas após o acidente.

O acidente ocorreu no início da noite. Uma lancha, com excesso de passageiros, trafegava pela represa quando a jovem caiu na água, juntamente com outra que tentou socorrê-la, e foi resgatada. O corpo da moça só foi encontrado no dia 15. Conforme o delegado responsável pelas investigações, o que provocou a queda teria sido um tranco da lancha quando o piloto engatou uma marcha, causando o desequilíbrio da jovem.

O delegado chefe explicou que o piloto, cujo nome não foi revelado, foi indiciado pelos crimes porque, como responsável pela embarcação, navegou durante a noite, sem os cuidados necessários, permitiu o uso de bebida alcoólica dentro da lancha e não providenciou coletes salva vidas para os componentes, além de permitir que o número de passageiros fosse maior que o permitido na lancha.

Com o encerramento das investigações, segundo Marcos Tadeu, o inquérito que apura a morte será enviado ao Poder Judiciário. Ele aproveitou para destacar o trabalho do delegado Luiz Fernando Lanzoni e de sua equipe, que, conforme ele, em menos de trinta dias fez todas as investigações e esclarecer o ocorrido, com o indiciamento do dono da lancha. O caso ganhou muita repercussão na época.

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*Produzido pela Assessoria de Imprensa da 1ª DRPC de Uberlândia (MG)


Amanda Marques

Jornalista, Fotógrafa e mãe do Thalles
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