Polícia Civil de Uberlândia elucida caso de bebê registrado por falsa mãe

6 de Outubro de 2023 às 22:50

*Produzido pela Assessoria de Imprensa da 1ª DRPC de Uberlândia (MG)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, prendeu hoje (sexta-feira, dia 6), em Uberlândia, no bairro Mansour, uma mulher de 42 anos, que havia subtraído um bebê hoje com seis meses, logo após o nascimento. Com a prisão da suspeita e o resgate da criança, a polícia também elucidou o caso, que estava sendo investigado desde setembro.

As investigações vinham sendo feitas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e pela Inspetoria da 1ª DRPC após a prisão da mãe biológica, em Uberaba, no mês passado, por tráfico de drogas. No depoimento sobre o crime pela qual foi presa, a mulher contou que havia dado à luz a uma criança, em Uberlândia e forçada a entregá-la a mulher, que pertenceria a uma facção.

Ao saber que havia um mandado de prisão contra ela, a mãe biológica do bebê contou o ocorrido à mulher, alegando o temor de ser presa quando desse à luz. A suspeita, então, já pensando em subtrair a criança, arquitetou um plano, pegou a própria carteira de identidade, tirou a sua fotografia e colocou nela a da grávida. Com o documento, a mãe biológica chegou a fazer um exame pré-natal.

Contudo, de acordo com o depoimento da presa em Uberaba, logo após ela dar à luz, no Hospital Municipal, em Uberlândia usando os documentos da suspeita, membros da facção levaram a mãe biológica para aquela cidade e a criança ficou com a suposta integrante da facção criminosa. Os policiais que a interrogara contataram polícia uberlandense, a qual deu continuidade as investigações.

Hoje pela manhã, a suspeita foi presa quando estava em casa e a criança foi entregue ao Conselho Tutelar da Criança e Adolescente. Hoje mesmo o bebê foi para uma família acolhedora com quem ficará até que a Justiça decida o caso. A criança é do sexo masculino. A suspeita estava também com outra criança, de 4 anos, filha biológica de seu marido e a origem da infante será investigada.

Em entrevista coletiva no final da manhã, o delegado regional Gustavo Anai disse que a mãe biológica, por ser usuária de drogas, tinha sido cooptada pelo grupo criminoso para vender droga e assim conhecido a suspeita, contando-lhe sobre o mandado de prisão em seu desfavor. Ele também destacou a rapidez com que o caso foi elucidado, graças ao esforço dos policiais envolvidos na investigação.

A delegada Lia Valechi, que preside o inquérito, disse que ao realizar diligências para apurar os fatos, a autora disse ser mãe da criança e apresentou uma certidão de nascimento ideologicamente falsa, pois constavam como pais da criança ela e o marido, razão pela qual ela foi presa também pelo uso de documento falso. De acordo com a apuração, a mulher já é mãe de quatro filhos, e arquitetou a trama com o conhecimento do marido. Ela será autuada por subtração de incapaz, uso de documento falso e registrar como seu filho de outrem.

A suspeita foi levada para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, onde se encontra prestando depoimento e depois será encaminhada para o Presídio Professor Jacy de Assis – Uberlândia 1. A mãe biológica, de 32 anos, continuará presa em Uberaba. A suspeita, conforme levantamento da polícia, também tem passagem por tráfico de drogas e passará por novas investigações.

O subinspetor Douglas Oliveira participou da coletiva e também concedeu entrevista.

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Amanda Marques

Jornalista, Fotógrafa e mãe do Thalles
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