O dia em que dancei com Paulo Betti

5 de Julho de 2015 às 21:00

06/07/15

Por: Amanda Marques 

Hoje a minha narrativa será na primeira pessoa, diferente das outras que sou apenas uma observadora dos fatos querendo anotar para registrar aquele momento do qual participei e me encantei.

Que adoro teatro, cinema, fotografia e arte de uma forma geral minha família está careca de saber, porém assistir praticamente todas as apresentações de uma peça teatral em cartaz foi novidade e surpresa.

E é exatamente isso que aconteceu.

Desde que o Teatro Municipal de Uberlândia foi inaugurado já fui em quase todas os espetáculos exibidos, sempre na companhia do meu afetuoso esposo que além de me acompanhar me apoia quando quero fazer um registro com o artista que se apresenta.

E tudo isso acontece de forma tranquila e usando o bom senso, pois é natural que um ou outro não se sinta à vontade para receber os fãs.

Quando soube que o grande ator e produtor Paulo Betti se apresentaria na minha cidade novamente fiquei muito feliz, porque sou sua fã e ainda mais que ele iria representar a sua “Autobiografia Autorizada”.

Já tinha tido a oportunidade de vê-lo em cena no ano de 2002 com a peça “O Homem Que Viu o Disco Voador” quando se apresentou com grande elenco, no Center Convention Center Shopping. Lembro que no dia seguinte do espetáculo, no Museu do Índio da UFU – Universidade Federal de Uberlândia - Paulo falou sobre como pensionistas da PREVI (fundo de pensão do Banco do Brasil) poderiam investir mensalmente no filme que estava produzindo na época, o “Cafundó”.

Naquela ocasião já se observava a sua simpatia e disponibilidade com quem se aproximasse.

E não foi diferente desta vez, que agendou inclusive um workshop sobre a peça e o processo de feitura do espetáculo Autobiografia Autorizada.

Como sempre faço, assim que são disponibilizada a venda dos ingressos, comprei-os para a apresentação de sexta-feira (03/07/15).

Fomos e adoramos! Além de tirarmos foto com ele, aproveitei para mostrar a que fizemos em 2002, e ele logo me disse que queria uma cópia. Imagina como fiquei feliz e na obrigação de atender seu pedido... rsrsrs

No dia seguinte (04/07/15) fui ao workshop, desta vez sozinha, já que meu marido tinha um compromisso. Foi ótimo poder ouvi-lo um pouco mais e cumprir com o combinado da foto. Paulo enfatizou bastante a importância da anotação e com seu jeito simples implicitamente nos mostrou uma humildade ímpar.

A noite (04/07/15), não resisti e voltei ao teatro, sozinha novamente, já que meu marido iria ver um jogo de futebol e me deu o “alvará de soltura” (literalmente, já que ele é Delegado de Polícia) para as apresentações do Paulo Betti...rsrsrs

No Teatro, por sorte, duas jovens saíram de seus lugares na lateral entre as fileiras e passaram para poltronas da área central. E eu que queria ficar o mais perto possível, logo tratei de aproveitar, ainda mais que sabia que ele iria caminhar pelo teatro e quem sabe me escolher para dançar...

Não deu outra.... Dancei com Paulo Betti!!!!

Me deu uma ‘pane na caixa preta’... rsrsrs e por alguns instantes achei que também fazia parte da peça e no final da dança quando ele me olhou e agradeceu o meu afeto e admiração pelo trabalho dele, não resisti e dei um beijo em seu rosto...

Por favor, não contem para meu marido, que poderá me enquadrar em algum artigo da Lei.... rsrsrs

No domingo (05/07/15), pasmem, mas voltei para assistir a peça novamente. A princípio, não sabia explicar o porquê. Seria para dançar com Paulo Betti novamente? Seria para comparar a interpretação e resposta do público, já que seria a terceira vez? Seria para ouvir sua história novamente? (É verdade que a cada apresentação guardei um fato novo).

Sentei em lugar estratégico novamente e por sorte ao lado de um amigo jornalista, que me ajudou a refletir minha paixão por teatro etc. E chegamos à uma primeira conclusão que de repente seja algo que eu tenha afinidade; um viés que eu possa explorar, já que gosto de escrever e relatar os eventos que participo.

Como é muito difícil um raio cair em um mesmo lugar duas vezes, não foi diferente comigo naquela noite. Mas o melhor foi ouvir dele, que sua vontade era de me tirar novamente para dançar e que só não o fez porque pensou que seria delicado dar a oportunidade para outra que também foi prestigiá-lo.

Bravo!!!


Amanda Marques

Jornalista, Fotógrafa e mãe do Thalles
contato@amandamarques.com