NOTA A SOCIEDADE UBERLANDENSE

18 de Março de 2022 às 20:44

A Polícia Civil de Uberlândia esclarece que NÃO ESTÁ EM GREVE mas sim num processo de adequação de suas atividades e processos internos conhecido como ESTRITA LEGALIDADE, ou seja, estamos cumprindo as determinações do Governador do Estado e às leis na medida de nossas estruturas humanas e materiais, conforme melhor explicado abaixo. 

Segundo a Resolução n. 7.197 de 2009, que criou o Quadro de Distribuição de Pessoal da Polícia Civil, o déficit atual nos quadros funcionais da Delegacia Regional de Uberlândia (DRPC) por carreira é de:
Delegado e Escrivão 60%; 
Investigador e Perito 55%; 
Legista 70%;  

Chamamos a atenção para o fato dessa resolução ter sido criada no ano de 2009, sendo que a demanda em nossa cidade aumentou significativamente nestes últimos 13 anos, sem a devida recomposição dos servidores, até mesmo diminuída em razões de transferências e afastamentos.

Tal fato foi agravado em razão da 2ª Delegacia Regional de Uberlândia (apesar de criada pela Resolução Conjunta SEDS 081 também do ano de 2009) nunca ter sido instalada nem operacionalizada de fato, sendo essa omissão do governo do Estado de Minas Gerais objeto de demanda judicial pela Ação Civil Pública PJe n. 5011935-45.2020-8.13.0702. Ou seja, as duas Delegacias Regionais de Uberlândia, que existem apenas na teoria, funcionam com número de servidores menores do que a referida resolução previu no ano de 2009 para apenas uma DRPC. Assim, os policiais civis em Uberlândia são em número insuficientes até mesmo para uma Delegacia Regional local, de acordo com a Res. 7.197/2009. Tal fato é sentido na prática por todos que cumulam diversas unidades policiais, necessitando trabalharem em maior velocidade em detrimento da qualidade, para cumprimento de metas sempre crescentes impostas pelo mesmo governo omisso.   

Até então, visando não prejudicar a população em geral, a Polícia Civil se pautava pela produtividade em detrimento da qualidade de nossos serviços e isso não ocorrerá mais, pois essa prática nefasta visando suprir a omissão do Estado de Minas Gerais para atender a demanda da segunda maior cidade do Estado resulta em adoecimentos, afastamentos e até mesmo em suicídio de nossos servidores, como ocorreu no interior desta DRPC em 28/11/2018.

A sociedade precisa saber que trabalhamos com coletes e munições vencidas, viaturas em péssimo estado de conservação, prédios sem manutenção ou condições mínimas de salubridade e, por fim, com uma absoluta carência de recursos humanos e materiais resultado da histórica omissão do Estado de Minas Gerais com essa força policial. 

É fato notório que no Brasil, não sendo diferente no Estado de Minas Gerais, eleito em 2021 como o Estado mais seguro para se viver, o serviço público em geral sempre é aquém da demanda.

Dessa forma informamos que iremos atender as demandas da sociedade em geral na medida de nossas possibilidades, nada mais que isso.

Por fim, quanto as vistorias na CIRETRAN de Uberlândia pedimos desculpas à população em geral pelas filas e atrasos, esclarecemos que ninguém será prejudicado e conforme foi dito no início estamos em fase de adequação de nossos processos de trabalho e em breve iremos sanar essas questões. 
 

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Amanda Marques

Jornalista, Fotógrafa e mãe do Thalles
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