Por Amanda Marques
Fotos: Amanda Marques
Aproximadamente 3500 servidores de Uberaba, Campina Verde, Ituiutaba, Araguari, Patrocínio, Patos de Minas, Tupaciguara, Prata e Uberlândia das Polícias: Civil, Militar, Penal, Bombeiros Militar e Agentes Socioeducativos se reuniram, ontem, na Praça Clarimundo Carneiro, na cidade de Uberlândia, com o objetivo de manifestarem pela recomposição das perdas inflacionárias.
O Governador, Romeu Zema, propôs um reajuste de 3,62%, que para os servidores está aquém, pois estão sem reajuste há 7 anos: “Hoje amargamos aproximadamente 40% de defasagem do nosso salário, que foi consumido pela inflação. Infelizmente não temos conseguido diálogo e hoje com essa movimentação estamos buscando uma aproximação. Estamos abertos ao diálogo”, disse a Delegada de Polícia de Uberlândia, Dra. Gabriela Damasceno.
A manifestação contou com representantes dos Sindicatos: Sindpol (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais), Sindepominas (Sindicato dos Delegados de Polícia), Sindesp (Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância), Sindppen (Sindicato dos Policiais Penais).
O Inspetor Breno Almeida, diretor de mobilização do SindpolMG disse que precisam falar das mazelas da Polícia Civil e das demais Forças de Segurança para mobilizar os colegas e a sociedade sobre o que está acontecendo: “O Governador está dizendo que nós somos detentores de privilégio, que somos uma casta privilegiada. Nós temos que falar para a sociedade que isso é mentira. Tanto é que não temos auxílios de alimentação, periculosidade, creche, como há em algumas classes do serviço público. Não somos beneficiados de isenção fiscal, como ele faz para seus aliados”.
O Delgado-Geral de Polícia Dr. Renato Alcino, do Sindepominas, parabenizou os colegas pela organização da manifestação: “Temos que fortalecer o nosso movimento, porque é ridículo nos chamar de casta de privilegiados. Nós, servidores públicos, somos o ponto de equilíbrio da sociedade. Ele dá isenção fiscal para empresa milionária. E por quê? Então precisamos refletir sobre isso. E convoco os colegas que ainda não aderiram a estrita legalidade. Hoje muitos pagam internet, combustível e manutenção de viaturas com recursos próprios. Muitos estão sendo explorados na escala de plantão. As chefias intermediarias precisam sem compreensivas, e parar de afetar a participação do servidor na busca dos direitos”.
A Delegada Dra. Lia Valechi, destacou que são servidores por mérito próprio: “Nós construímos a melhor polícia do Brasil. Não pedimos nada a mais do que está previsto em Lei. A recomposição é uma previsão legal. O governador fez promessa de campanha em 2019 de fazer a recomposição anual; eleito enviou o projeto para a Assembleia e depois vetou o próprio projeto e nos enganou”.
O Investigador Borjaide, disse que não estão reivindicando aumento de salário e sim recomposição e que vão continuar lutando até que o governador cumpra a palavra dele. Ele ainda agradeceu o apoio que as Forças de Segurança têm recebido dos deputados e vereadores.
Representantes de todos os sindicatos e associação fizeram uso da palavra. Os servidores seguiram em passeata pelas ruas do centro da cidade e receberam apoio dos lojistas e moradores locais.
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